Trilhas e Caminhos não é só uma marca e uma idéia, mas, sobretudo, uma atitude, um modo de vida baseado em valores humanos, na relação harmônica com a natureza na proposta de trazer o maior benefício possível a todos os seres deste planeta, numa cultura de paz.

ROBERTO SAPUCAIA

Desde 1996, quando conheci Prabuddha (Gilberto Strapazon), em Salvador, começou a inspiração e conspiração para criar um guia com um mapa indicativo de trilhas para a região do Circuito do Diamante, na Chapada Diamantina.

Estava recém chegado de um retiro em meio à natureza, numa fazenda em Carmo de Cachoeira, Minas Gerais quando Gilberto se prontificou voltar à Chapada comigo.
Foi onde tudo começou.
Caminhamos, com as bênçãos da Mãe Terra, pelas terras altas de Piatã e, nestas caminhadas, fui amadurecendo, aos poucos, meu desejo de me adentrar nessa linguagem amorosa de escutar os rios, de escutar o canto dos pássaros, de sentir o cheiro de terra, das plantas nativas, na plenitude desejada.
A idéia começou tímida, para em seguida tomar corpo a cada dia, quando recebi diversos apoios para custear o guia, de alguns hotéis de Mucugê, de Lençóis e da Prefeitura de Mucugê.
A estes apoios somaram-se o da Bahiatursa, órgão oficial de turismo da Bahia, que prontamente comprou a idéia que culminou com a publicação da 1ª edição do guia Trilhas e Caminhos, lançado no ano de 1997, no Forte de São Diogo no Porto da Barra.
Minha investida nesta tarefa de mapear as trilhas do Circuito do Diamante começou num rito de passagem em minha vida.
Era um desafio... Subindo e descendo serras, a pé, ou pedalando, nada me impedia de continuar aperfeiçoando meu trabalho ao longo de todos estes anos.
Aprimorei as referencias cartográficas e passei a fazer o geo referenciamento com mais precisão, corrigindo e apurando a qualidade das informações contidas nos mapas que viriam a ser publicados sequencialmente.

Daí então não parei mais... Publiquei a 2ª edição do guia Trilhas e Caminhos em 2001 com o apoio inestimável de Amália, que me auxiliou nos textos e na divulgação deste guia.

Na sequência publiquei o mapa do Circuito do Ouro, o mapa Pictográfico da Cidade de Lençóis e de Mucugê, o Mapa Rodoviário e Turístico da Bahia, contendo todas as unidades de conservação e o zoneamento turístico da Bahia, a Cartilha de Procedimento de Mínimo Impacto em Áreas Naturais e os Roteiros Ecoturísticos da Chapada Diamantina, hoje na 7ª edição 2015.

Hoje continuo desenvolvendo o trabalho de mapear as trilhas do Parque Nacional, tendo na nova edição de abril de 2015, o apóio técnico, com as zonas intangíveis, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
No intuito de dar maior visibilidade ao nosso trabalho, disponibilizamos vários mapas no nosso site, para os caminhantes que desejam se aventurar pelos caminhos dos antigos garimpeiros, onde a natureza se exprime com total plenitude e de muitas formas, através da vegetação dos campos rupestres, das suas florestas estacionais de planicie e altitude, do Pantanal do Marimbus, dos campos cerrados e de outros ecossistemas que compõem a beleza peculiar da Chapada Diamantina.